Presidente da fundação afirma que situação do quadro de pessoal melhorou e que editais de contratação para interior do Estado são para áreas onde costuma haver ausência de médicos
Por GABRIEL RODRIGUES
9/09/20 - 13h54

Pacientes com Covid-19 internados no hospital Oceânico em Niterói, no Rio de Janeiro

Foto: Carl de Souza / AFP
No final de junho deste ano, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que o maior gargalo do combate à pandemia em Minas Gerais era a falta de recursos humanos. Segundo o presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fábio Baccheretti, o problema foi sanado na rede, que administra alguns dos principais hospitais públicos do Estado, como o Eduardo de Menezes e o Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte.
“Houve saturação do mercado, de forma destacada o dos médicos, então o Estado aumentou o salário para essa categoria e tivemos sucesso com isso, contratando médicos para poder abrir leitos de CTI. Conseguimos passar pelo momento mais crítico e já não é previsão de expansão dos leitos de terapia intensiva”, disse Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9).
Em abril, a Fhemig anunciou uma gratificação a médicos que chega a R$ 6.000. Ela não foi estendida a outras categorias da saúde, o que gerou revolta em entidades representativas. As demais áreas da saúde, segundo Baccheretti, já tinham salário compatível com o mercado.
Ele pontuou que o Estado abriu 37 chamamentos de profissionais e, hoje, a Fhemig conta com 96 médicos, 66 enfermeiros, 304 técnicos de enfermagem, 19 auxiliares administrativos e 113 outros profissionais de saúde (como fisioterapeutas) para atendimento a pacientes com Covid-19. Os chamamentos continuam abertos devido à alta rotatividade de funcionários, de acordo com Baccheretti. Ele também detacou que houve dificuldade para contratar profissionais atuarem em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, e em Juiz de Fora, na Zona da Mata, mas houve remajamento das equipes no Estado para solucionar a questão. “São regiões onde há dificuldade na contratação e há ausência desses profissionais na cidade”, pontuou o presidente da fundação.
Durante a pandemia, a Fhemig abriu novos 153 leitos de CTI e 179 leitos de enfermaria no Estado.
Esta matéria foi atualizada às 14h34 do dia 09 de setembro de 2020.
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