O ministro do Meio Ambiente publicou nas redes sociais mensagem chamando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de Nhonho
Por FRANSCINY ALVES
05/11/20 - 15h13
https://www.otempo.com.br/

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Continua rendendo o episódio em que foi publicado no perfil do Twitter do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma mensagem em que ele chamava o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de “Nhonho”. O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) protocolou requerimento na Casa pedindo explicações.
O apelido é utilizado de forma pejorativa por bolsonaristas para se referir ao presidente do Legislativo. Nhonho é um personagem interpretado pelo ator Édgar Vivar na série mexicana "Chaves”. Em 29 de setembro, um dia após o ocorrido, ele disse que “alguém utilizou indevidamente” a conta dele no Twitter.
Ele completou que, apesar de diferenças de opinião, sempre manteve relação cordial com Maia. A publicação feita por Salles respondeu a uma crítica do presidente da Câmara, do último dia 24, em que ele disse que “não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil”, o ministro “resolveu destruir o próprio governo".
A referência foi a uma outra publicação do chefe da pasta do Meio Ambiente, em que ele chamou o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, de "Maria Fofoca". Isso desencadeou outra crise no Palácio do Planalto que, após panos quentes, terminou com os dois ministros dizendo que tudo estava resolvido.
Padilha questiona o ministro se foi realizado algum registro de ocorrência policial do suposto hackeamento da rede social e se a assessoria de comunicação da pasta do Meio Ambiente é responsável pela gestão ou atua de forma direta ou indireta nas redes sociais de Salles. Ele indaga também se o celular usado por Salles para as publicações é funcional.
O deputado federal também pediu informações sobre a agenda do ministro em Fernando de Noronha (PE), local onde o ministro cumpria compromissos quando ocorreu o episódio do Nhonho. Além de informações sobre o valor da viagem e quem o acompanhou. O petista diz que o tema, por ser de amplo interesse do Congresso Nacional, de suas Casas e Comissões, é preciso ser explicado com urgência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário